Re:Birth: Capítulo 16

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Novo Rumo


Foram cerca de 2 dias cavalgando nos lobos gigantes, até que o grupo de ladrões finalmente conseguiu avistar as árvores características que cobriam o Pântano Esquecido. No primeiro dia de viagem, encontraram um rio, e decidiram segui-lo, já que ele estava na mesma direção apontada por Gyleon no mapa. O rio começou a ficar cada vez mais cheio, indicando que eles estavam se aproximando cada vez mais.


O tempo voou com o vento até eles finalmente pisarem no solo lamacento do pântano. Os lobos estavam cansados de tanto correr, logo, Adrielyel ordenou que eles recuperassem suas energias e depois voltassem pra eles. Desse jeito, eles foram deixados na frente do bioma, olhando a vastidão verde inundada e com árvores cobrindo quase toda brecha que o sol poderia ter para atravessar as folhagens. Todos encararam, tentando ver alguma construção no interior da mata densa, mas não conseguiram.


– Vocês tem certeza disso? Sabe, não precisamos entrar se não quisermos. – Athert sugeriu.


–  Athert, você é uma pessoa inteligente e tal, mas que merda de ideia em cara. – Elron disse em resposta.


– E finalmente você disse algo que vale a pena ser dito, Elron. – Emma falou, tentando ser cômica.


– Já vamos começar outra briga? Pessoal, concentrem-se! – Adrielyel pediu.


– Tanto faz, o que importa é que o Gyleon nos indicou este lugar, então temos que encontrar a tal pessoa que ele nos disse pra encontrar. – Elron afirmou, dando os primeiros passos para dentro do pântano.


– Espera aí! Nós podemos até entrar nesse lugar, mas não vamos realmente criar nenhum plano para encontrarmos essa pessoa? Nós nem sabemos o nome dela!


– Mas temos um lugar: “Barriga da Besta”. Se acharmos esse lugar, encontramos ela.


– Certo… vamos logo então, antes que alguma coisa apareça e nos devore.


Assim, o grupo de ladrões seguiu seu caminho pelo brejo, quase todos despreocupados, exceto por Athert, que se mantinha atento o tempo inteiro. A medida que adentravam o local, a temperatura começou a aumentar e a umidade estava alta. Como todos estavam trajados de roupas largas e que cobriam boa parte do corpo, estavam suando aos montes, gotejando por todo o canto. A paisagem não variava muito enquanto eles avançavam. No máximo, haviam alguns barcos de madeira semi afundados ou construções de madeira abandonadas, tomadas pela água e vegetação. Quanto à animais, o máximo que encontraram foram alguns cervos e insetos.


Depois de muito andar, à beira da exaustão, os jovens avistaram um aglomerado de pequenas construções, situadas na borda de um dos grandes corpos d’água adjacentes ás águas do rio.


Depois de muito andar, à beira da exaustão, os jovens avistaram um aglomerado de pequenas construções, situadas na borda de um dos grandes corpos d

Não haviam muros na cidade, tampouco guardas ou soldados representativos da região. Em certo trecho, uma estrada de terra começou a se formar, e eles a seguiram, até chegar no meio da cidade, que parecia deserta. 


O clima era estranho, como se lá também estivesse abandonado. Entretanto, eles ouviram sons vindos de uma construção. Chegaram mais perto e viram o nome do local, entalhado em uma placa de madeira: “Barriga da Besta”. O nome não era pra menos, já que a entrada do local era a mandíbula de um gigantesco animal, provavelmente predador, já que possuía uma extensa fileira de dentes, longos e pontiagudos.


Entrando lá, ainda um pouco atordoados, se depararam com vários homens de armadura, bebendo enquanto suas armas estavam encostadas nas pernas das mesas. Não eram muito diferentes dos bandidos de Karnyamithl, mas ainda tinham suas características próprias. Pareciam mais másculos, além de mais musculosos e altos. Além de beber, conversavam e jogavam vários jogos, como Poker e outro jogo de cartas desconhecido por Emma.


No início, não perceberam a entrada do grupo, no entanto, quando um deles viu e alertou os outros, todos ficaram em silêncio, e olharam diretamente para eles. Todos direcionaram olhares de desprezo e maldade para o pequeno grupo. Todos ali eram nível 15 pra cima, então não havia nem chance deles se saírem bem em uma briga corporal contra aqueles brutamontes. O mais alto e mais forte ali, marcando nível 25, se aproximou deles, ficando de frente pra Emma, que retornou o olhar mal que havia sido jogado contra ela.


– O que foi, mocinha? Você e seus amigos estão perdidos? – O Homem perguntou, cuspindo enquanto falava.


– Quem me dera estivesse. Ao invés disso, estou de frente pra um porco.


– Olha como fala comigo, sua puta! – Ele disse, pronto para golpear Emma no rosto, mas seu golpe foi segurado por alguém mais forte, que apareceu de repente ali.


Como uma sombra vermelho sangue, a figura apareceu de repente, segurando o golpe do homem. Longos cabelos vermelhos, vestes vermelhas e pretas e olhos vermelhos, essa era a aparência da sombra, que logo havia se revelado humana.


O homem recuou, o medo se espalhou por toda sua face quando viu a pessoa à sua frente.


– B-Bruxa Escarlate… – Ele disse com a voz trémula.


 - Ele disse com a voz trémula

– Reinald… quantas vezes vou ter que repetir pra você aprender? – A mulher falou, chegando perto e passando sua mão direita no rosto do homem, com uma espécie de luva com garras de metal. – Você sabe muito bem o que acontece com aqueles que desobedecem as minhas ordens aqui em Wamol… – Com a ponta de uma das lâminas dos dedos, fez um pequeno corte na bochecha carnuda do homem, na qual começou a escorrer sangue.


Com passos rápidos, o homem recuou mais uma vez.


– M-Mil perdões, Senhorita Akai! Isso nunca mais vai acontecer! Eu prometo! – O homem implorou, ficando de joelhos para a mulher à sua frente.


– É bom mesmo, seu pedaço de merda. Se você me desobedecer de novo, eu vou te transformar em um reservatório de sangue exclusivo pra mim. Agora vai embora, inútil! – Ela ordenou, apontando o dedo manchado de sangue para longe dali.


O brutamontes foi rápido, não esperando nem um segundo se quer. A mulher se virou, passando a ficar sorridente quando olhou para o grupo de ladrões.


 A mulher se virou, passando a ficar sorridente quando olhou para o grupo de ladrões

– Desculpem por isso, crianças. Esses idiotas sem cérebro… dá vontade de matá-los as vezes! Enfim, o que traz vocês até Wamol? – A mulher disse, tentando parecer convidativa.


– Você é a líder, prefeita ou sei lá o que daqui? – Athert disse, tentando desesperadamente desviar seu olhar do decote da mulher.


– Não, na verdade só estou de passagem por aqui. Tenho assuntos para tratar aqui, apenas isso.


Emma não sabia, mas tinha o pressentimento de quem era aquela mulher. Apesar de não ter falado com todo mundo, ela parecia a única que tinha certa importância e destaque naquele lugar sujo e deprimente.


– Por acaso, Senhorita Akai, você conhece um cara chamado Gyleon? – Emma perguntou, tentando parecer o mais natural possível.


A expressão da Bruxa Escarlate mudou de convidativa para séria, e logo depois para um sorriso malicioso.


– Oh, então vocês são enviados do Gyleon, certo? Muito bem, acho que já sei o que ele quer que eu faça.


– Eh, Senhora? Me diz que a gente vai sair vivo dessa, por favor. – Athert pediu, um pouco amedrontado.


– Relaxe, garoto. Vocês são os primeiros jovens interessantes que Gyleon me manda… Não me daria o risco de perder coisinhas tão preciosas quanto vocês. Se vocês já são tão peculiares por fora… imagina por dentro!


– Senhorita Akai? Tá tudo bem? – Adrielyel disse, um pouco assustada.


– Não precisam me chamar por esse nome. – Ela disse, indo em direção da porta de entrada. – A partir de agora, me chamem de Verônica, Verônica Akai!


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