HDUM arco 3: Capítulo 1

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Magusgod: No epílogo eu havia colocado que Lyam dormiu por dois anos. Vou mudar esse tempo que ele permaneceu desacordado de 2 anos para 5 para o melhor desenvolvimento da história. Espero que gostem do primeiro capítulo do terceiro arco: Mundo de AayósRagnarök




Cinco anos e a história de uma coelha!


 


A temporada de chuva havia chegado. Eu estava de cama recuperando lentamente minhas forças. Por esgotar meu poder mágico havia entrado num estado de hibernação por cinco anos. Por fora eu parecia forte e saudável como um touro. Por dentro estava fraco e debilitado pelos cinco anos de inatividade. Meus sentidos estavam bagunçados, minha mente se limitava a ter consciência plena apenas do quarto. Talvez fosse um efeito por ter perdido Eos e Teia, meus Solis mais eficazes. Digo perdido, para não dizer roubado por Arthur – um desgraçado ladrão e chorava sempre que pensava em tudo que foi levado por aquele cara de fuinha.


“Não faça essa cara azeda, senhor!” disse uma voz animada enquanto colocava uma bandeja diante de mim. Sobre a bandeja havia uma tigela com ensopado de peixe e verduras, pão duro como pedra e um pedaço de queijo. Não gostava de ensopado de peixe, mas, comeria até lesmas se tivesse sido preparados por essa pessoa. “Vamos, abra a boca, senhor! Eu vou te servir hehehe.”


“Eu posso me servir sozinho, Ania!” eu disse fingindo relutância, mas na verdade estava feliz por servido por minha chefe de cozinha, Ania. Ela tinha crescido, tinha aproximadamente 20 anos. Era alta, corpo voluptuoso escondido por uma túnica de linho. Sob a túnica havia um avental branco bordado com figuras de ursos e coelhos. O seu cabelo cor chocolate estava preso por uma fita azul, emoldurando-lhe o rosto em forma de cunha. Ania não era uma beleza fina como Desy. Mas seu corpo cheio de curvas e seu rosto cheio de vivacidade e uma alegria genuína que encantava homens.


“Claro que pode se servir sozinho, senhor” pegou a colher, mergulhou no ensopado de peixe e com uma velocidade digna de louvor colocou a colher em minha boca quando havia terminado de falar. “Porém você ainda esta fraco, nesse caso não é melhor conservar sua energia? Como está o ensopado?”


“Sua comida é deliciosa, Ania” disse com louvor enquanto era alimentado por ela. Independente do que ela cozinhasse se tornava delicioso. Ania era uma cozinheira nata. “É por favor pare de me chamar de senhor.”


Ania continuou me alimentando com uma expressão genuína de pura felicidade. Suas orelhas branca de coelho movia-se animadamente de um lado para o outro. Mesmo meu mau humor perdia espaço quando estava com a alegre Ania.


“Você é o senhor da aldeia torre, “senhor” é um título apropriado…..Ou prefere que eu te chame de mestre como antigamente?” perguntou ela enquanto me servia um caneco de cerveja.


“Não me importo de ser chamado de “senhor” por estranhos” disse após dar um gole do caneco de cerveja. “Mas eu te conheço desde que era uma anãzinha catarrenta e tímida” ela riu ruidosamente com minhas palavras. “Então me chame apenas de Lyam.”


“Essa foi uma descrição cruel!” disse fingindo estar indignada e meneou com a cabeça me chamado de Lyam ao invés de senhor.


Após eu terminar a refeição de meio dia, Ania retirou a bandeja e levou para a cozinha. Me levantei, com passos trêmulos, caminhei até o sofá próximo da lareira. Me sentei confortavelmente, estendi as mãos para o fogo espantando o frio daquele dia chuvoso. Não me sentia como um deus, estava fraco e vulnerável como um mortal.


Fitava as chamas bruxuleante, pensando nos cinco anos perdidos. O mundo havia mudado enquanto eu dormia. Às vezes durante a noite, sonhava com Mia e Sofia e quando acordava, elas não estavam lá. Não me importava com as riquezas que foi me tirado, mas sim com as pessoas queridas que foram tiradas de mim. Sem elas havia um buraco em meu coração. Desy falava que seu pai não iria fazer mal a elas e que havia as levado para me provocar e me fazer odiá-lo. Se era isso que desejava, Arthur, obteve com sucesso. Além do meu ódio crescente, havia vergonha em meu coração, por não ter sido forte o suficiente para protegê-las.


“Não gosto de ver essa amargura em seus olhos, Lyam” disse Ania tirando-me dos meus pensamentos. Ela entrou no quarto carregando lenha, alimentou as chamas com um pedaço de lenha, fazendo-as rugir vigorosamente. “Às vezes lembro-me daquele dia em que o senhor havia me libertado da escravidão. No dia em que o senhor partiu as correntes que me prendia e me deu uma nova família. Pode imaginar o que eu sentir naquele dia, Lyam?”


Ania se agachou próximo da lareira. Balancei a cabeça e a observei em silêncio. Não havia aquela alegria de antes em seu rosto. Não havia felicidade em seus grande olhos escuros. Ela levantou, afastando-se do fogo, e sentou no sofá.


“Não gosto do fogo, Lyam” disse ela para mim. “O fogo me faz lembrar dos homens maus que queimaram minha aldeia e roubaram a vida da minha família. Me faz lembrar do dia que perdi tudo. Do dia que foram colocado correntes em mim e riam ao dizer que eu seria vendida como um brinquedo para algum nobre. Naqueles dias, meus olhos eram nublados pela tristeza e desesperança. Tremia e chorava quando lembrava da aldeia em chamas.”


Seus olhos escuros agora me fitava e um sorriso alegre surgiu como um sol radiante. É lá estava novamente toda aquela vivacidade e alegria genuína que a tornava diferente de outras mulheres.


“Então, quando eu havia desistido de tudo e me entregue ao inevitável destino que me aguardava. O senhor apareceu, invadindo a mansão dos homens maus, derrotando todos com um sorriso brilhante e olhos cheio de uma alegria contagiante. Talvez o senhor não se lembre, mas no momento em que quebrou minhas correntes, você me disse: “Não deixe essa tristeza e ódio infectar seu coração, coelhinha. Seja forte, sorria, ria, e dance sobre todo ódio e tristeza”. Aquelas poucas palavras mudaram minha vida e me deu algo em que me sustentar emocionalmente.”


Não lembrava de ter dito aquelas palavras. Minhas memórias havia se tornado confusas e nebulosas após ter adquirido o conhecimento da árvore da sabedoria. Agora tudo parecia distante e triste demais. Eu estava com 23 anos por minha contagem, mas às vezes eu parecia ter séculos de idade. Os acontecimentos recentes havia roubado toda minha felicidade.


Tentei esboçar a tentativa de um sorriso, mas meus lábios não me obedeciam e continuavam formar uma linha triste.


“Não deixe essa tristeza e ódio infectar seu coração, Lyam. Seja forte, sorria, e dance sobre todo ódio e tristeza do mundo!” disse ela olhando em meus olhos, repetindo o que uma vez eu havia dito a ela. É por algum motivo eu consegui sorrir, depois ri até não conseguir mais, depois chorei e ela chorou junto comigo. Ela levantou e com as duas mão na cintura gritou animadamente: “Eu vou preparar pratos deliciosos todos dias para o senhor até o dia que se recuperar e ficar forte o suficiente para recuperar o que lhe foi roubado!”


Eu ri e falei:


“Então eu temo, minha cara coelhinha, que talvez você tenha que cozinhar o resto de sua vida para mim. Recuperar o que foi roubado por enquanto é impossível.”


“Não há problema, Lyam” respondeu ela alegremente. “Não há alegria maior do que preparar pratos deliciosos para o senhor. Talvez seja minha forma egoísta de retribuir sua bondade comigo” ela aproximou-se e beijou carinhosamente minha testa. “Que minha comida fortaleza seu corpo e alma, Lyam, e em seus momentos de fraqueza, deixe-me cuidar do senhor, é tudo que peço e desejo, Lyam.”


Ela se retirou do quarto me deixando sozinho novamente. Inúmeros pensamentos passaram por minha mente. Antes estava me sentindo como uma barco perdido em meio a uma tempestade e as palavras de Ania se tornaram um farol que me guiava.


“Ania, realmente cresceu” eu disse com uma risada alegre lembrando-me da coelhinha catarrenta de antigamente. Agora era uma mulher adulta, encantadora de sua forma única.


****


No dia seguinte a chuva continuava forte como se o mundo fosse acabar. A chuva martelava no teto de telhas da torre. Lá fora nas ruas lamacentas formaram poças e junto com a chuva forte, o vento arrancava a palha que servia de teto para as pobres choupanas. Naquele dia eu estava me sentindo melhor. Mais forte e mais animado. Porém eu ainda estava sendo tratado como um bebê.


“Dessa forma você vai me estragar, Ania!” resmunguei. Eu estava deitado com a cabeça no colo dela, enquanto era descascava uma maçã e cortava em pedaços, me servindo enquanto conversamos sobre o fim da guilda Ragnarok.


“Eu não disse antes para me deixar cuidar de você?” não esperou por uma resposta e colocou uma fatia da maçã em minha boca. “Continuando de onde eu havia parado. Cinco anos atrás depois que a calamidade vermelha riscou os céus e a lua, de repente percebemos que não podíamos mais ver nossos status e alguns de nós não conseguia invocar certas habilidades. Naquele dia muitos perderam seus poderes ou enlouqueceram. Não vou narrar a selvageria que aconteceu durante os primeiros dias” cortou um pedaço da maça para si, depois de comer o pedaço da maçã suculenta continuou: “Felizmente, Mestre Sam e outros membros da guilda nós protegeu e com o tempo as coisas voltaram a se acalmar.”


Desy havia me contado que quando riscamos a lua e caímos sob as montanhas congeladas de Jontunheim. Parecemos aos olhos do povo um cometa carmesim, e foi dado o nome mais tarde de “calamidade vermelha”, pois foi o arauto de todas calamidade que se abateria sob Aayós. Ania nem sonha que a causa de todas essas calamidades foi uma briga entre eu e o deus cara de fuinha, Arthur.


É ninguém sonha que eu seja um deus.


“Quando as coisas começaram a se acalmar, a Horda nos atacou. Seus números não eram esmagadores, porém cada um deles era de uma espécie variante, sua inteligência não era nada inferior ao de um humano. De alguma forma se infiltraram na cidade, mataram os guardas dos portões sul e invadiram com seu exército. Mestre Sam foi o primeiro a perceber que Elba havia caído e fugimos pelo portão norte. Fomos perseguidos, muitos membros foram mortos, eu, Abhi, Raysa, Ivor e mais vinte membros da guilda conseguimos escapar. Mas, Mestre Sam e os outros membros….”


Não era necessário era terminar de falar para saber o que havia acontecido com Sam e o resto. Era uma pena sua morte. Sam era o que mais próximo de um amigo eu tinha em Aayós. Mas o estranho de tudo isso foi a forma como os monstros da Horda capturaram Elba. Monstros como Orc, goblins e troll tem uma inteligência baixa e nunca conseguiriam armar um plano como o que foi usado para capturar Elba. Havia duas hipóteses: primeira, existe alguma mente poderosa liderando a Horda. Segunda, com o fim do sistema que regia Aayós os monstros evoluiram e adquiriram inteligência.


As duas hipóteses são válidas, mas suspeitava que provavelmente a segunda hipótese era a correta. Por que tudo mudou após a destruição do sistema que regia Aayós.


Inicialmente desejava retornar para casa. Retornar para Arian, Llachar, Anna, Charlotte, rainha loli, Engelil. Meu filho já deve ter nascido e a cada dia que fico aqui é um dia que não participo de seu crescimento. Havia tantas histórias que eu gostaria de contar a ele e magias a ensinar. Queria estar com minha família, com minha mulher e filho, mas estava preso nesse mundo.


“Os suprimentos, dinheiro, materiais, ficaram na tesouraria da guilda?” perguntei.


“Mestre Sam, transferiu toda tesouraria para o bracelete dimensional. Na fuga, estávamos com medo de sermos capturados pela Horda. Então enterramos o bracelete próximo de uma construção parecida com essa torre. Mestre Sam acreditava que o senhor havia criado aquela torre e mais tarde retornaria para procurar pelo bracelete dimensional.”


Era uma boa notícia. Desy, numa noite anterior havia falado que não tinha comida suficiente para todo mundo e sua prata estava acabando. Nesses cinco anos, Desy, manteve a aldeia torre com suas próprias economias. Se não fosse por ela não existiria a aldeia torre. Na tesouraria eu reuni suprimentos suficiente para alimentar uma cidade inteira por três anos. Todos ganhos da guilda, gemas mágicas e armas estavam guardados lá. Uma verdadeira fortuna digna de um dragão.


Com essa fortuna seria fácil reunir homens e construir uma cidade nesse local. Porque construir uma cidade em um local próximo da temível Horda?


A resposta é simples: por que eu vou esmagar a Horda.


Era impossível no momento me vingar do deus cara de fuinha e eu não tinha poder o suficiente para retornar para casa. A horda havia matado meus amigos, destruído minha magnífica guilda. Se eu não me vingasse de um inimigo que está tão próximo eu não poderia ser considerado homem, muito menos um dragão. Acima de tudo, com meu talento inato 「Devorador de Existência」com cada morte de uma criatura viva, sua alma vai ser convertida em magia. Essa é a forma mais rápida de recuperar todo meu poder mágico. É todo saque das cidades caídas seria meu. Posso até imaginar eu nadando em uma montanha de moedas de ouro cintilante. Se eu não ter um tesouro grandioso que direito eu vou ter de ser um dragão?


“Amanhã a noite iremos retornar para o local que você enterrou o bracelete” eu disse com olhos cintilantes de cobiça. “Apenas nós dois, não conte a ninguém, entendeu?”


“Mas…..O senhor está fraco e aquelas estradas estão infestadas de monstros….”


“Fiquei tranquila” falei com confiança. “Existe uma forma segura de viajar sem correr perigos!”


Dispensei Ania. Sentei na posição de lótus iniciando a habilidade passiva「Um com o cosmo」, a taxa de recuperação de poder mágico sofreu uma melhoria considerável. Mas a taxa de recuperação era lenta de demais e aquele local era pobre em poder mágico.


É assim passei o dia meditando me preparando para o dia seguinte.


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